Fisioterapia: Como ela pode prevenir a recidiva da dor crônica?

12 de junho de 2025
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A fisioterapia não se limita a aliviar a dor, ela também desempenha um papel crucial na prevenção de recidivas, ou seja, no retorno da dor crônica. Mas como isso funciona? Como a fisioterapia pode ajudar o paciente a manter o controle da dor a longo prazo, sem a necessidade de sessões contínuas?

O controle da dor: de constante para intermitente

Quando o paciente inicia o tratamento fisioterapêutico, o principal objetivo é modificar a dor, transformando-a de uma dor constante e incapacitante em uma dor intermitente e controlável. Isso significa que a dor, que antes era frequente e intensa, passa a ser menos frequente, menos duradoura e de menor intensidade.

Esse processo de controle da dor permite que o paciente comece a conviver com a dor de maneira mais tranquila, conseguindo realizar suas atividades cotidianas sem que ela interfira tanto em sua qualidade de vida. A ideia é que, ao longo do tratamento, o paciente chegue a um ponto em que consiga conviver com a dor sem ela dominar sua rotina.

A fisioterapia e o cuidado contínuo

É importante destacar que a fisioterapia não precisa ser um tratamento vitalício para pacientes com dor crônica. No entanto, o cuidado com a dor deve ser contínuo. A atividade física, por exemplo, deve fazer parte da vida do paciente, ajudando a manter o controle da dor.

Um paciente com dor crônica nunca deve voltar ao sedentarismo, pois a prática regular de exercícios ajuda a manter o controle da dor e a evitar que ela retorne. Quando o paciente atinge um controle satisfatório da dor, ele pode seguir sua rotina de exercícios de forma independente, mas sempre com o apoio do fisioterapeuta, caso necessário.

A importância da atividade física no controle da dor

A fisioterapia prepara o paciente para realizar atividade física fora do consultório, seja em uma academia, em atividades recreativas ou esportivas. O profissional de fisioterapia orienta o paciente a buscar o exercício que melhor se adapta às suas necessidades e limitações.

O mais importante para o controle da dor não é simplesmente aumentar a força muscular ou melhorar a flexibilidade, mas os efeitos que o exercício gera no corpo. A atividade física influencia diretamente o sistema endócrino, o sistema nervoso central e periférico, o sistema musculoesquelético e até o sistema imunológico, com impactos positivos no controle da dor.

Até mesmo pequenas mudanças, como sair do sedentarismo e começar a subir escadas ou dar pequenos passeios, podem ser suficientes para ajudar no controle da dor crônica.

Exercício e a prevenção da dor

Não se trata apenas de fortalecer os músculos ou melhorar a flexibilidade; o exercício também tem um efeito profundo sobre os sistemas químicos e neurológicos do corpo, o que é crucial para o controle da dor. Qualquer forma de movimento, desde atividades mais simples até esportes mais intensos, pode ser eficaz para reduzir a dor crônica.

Portanto, o mais importante é manter o movimento. A fisioterapia ajuda a iniciar esse processo, mas o controle da dor a longo prazo depende da continuidade do movimento e da atividade física no dia a dia.



Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e a Dra. Adriana Coltro, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.

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O Projeto Educa Dor é uma ferramenta de informação em saúde, que busca levar de maneira clara, informações sobre os mais diversos conceitos envolvendo a dor crônica, seus tratamentos, métodos e diagnósticos.

Responsável técnico: Dr. João Marcos Rizzo - CREMERS 18903
Médico Anestesiologista com área de atuação em Dor - RQE 42946

Por Marcelo Cezar - Marketing Digital