Nasci em Caxias do Sul – RS em 1964. Em 1982 mudei-me para Porto Alegre – RS para cursar Fisioterapia na Faculdade de Ciências da Saúde do Instituto Porto Alegre – IPA, onde em 1985 graduei-me como fisioterapeuta.
Concomitantemente ao começo de minha atividade profissional, iniciei o curso de especialização em Medicina do Esporte e Saúde Escolar pela PUC, concluído em 1986.
Durante os primeiros 11 anos de minha trajetória profissional, dediquei-me ao atendimento de crianças e adolescentes com problemas de desenvolvimento, área na qual fui bastante atuante, tendo sido professora das disciplinas de Psicomotricidade e Fisioterapia Aplicada à Pediatria em cursos de graduação e pós-graduação em diversas instituições. Em 1992 concluí a especialização em Psicologia do Desenvolvimento pela UFRGS.
Em 1996, por questões de ordem pessoal, mudei-me para a Alemanha, onde vivi por cinco anos. Em 1997 concluí o processo de validação de meu diploma de fisioterapeuta e comecei a trabalhar no departamento de reabilitação em geriatria do Hospital Irmãos de Misericórdia (Barmherzigen Brüder Krankenhaus) em Regensburg – Alemanha. Foi o início da minha atuação na área de dor. Durante os anos em que estive na Alemanha concluí a Especialização em Terapia Manual e em Drenagem Linfática Manual, técnicas bastante difundidas e utilizadas pelos fisioterapeutas no Hospital.
Em 2001, retornei ao Brasil e comecei a reconstruir laços de trabalho. Em 2004 ingressei no Mestrado na UFRGS, concluído em 2006. Em 2009, já atuando com pacientes na área de Dor, iniciei uma parceria de trabalho interdisciplinar, que culminou com meu ingresso na Clínica da Dor da qual faço parte até hoje.
Uma das perguntas mais comuns entre pacientes é: “Quanto tempo leva para sentir resultados com a fisioterapia?” A resposta, no entanto, não é simples. O tempo necessário para perceber melhoras varia de paciente para paciente e depende de diversos fatores, como a patologia tratada, a intensidade da dor e a dedicação ao tratamento.
A fisioterapia não se limita a aliviar a dor, ela também desempenha um papel crucial na prevenção de recidivas, ou seja, no retorno da dor crônica. Mas como isso funciona? Como a fisioterapia pode ajudar o paciente a manter o controle da dor a longo prazo, sem a necessidade de sessões contínuas?
Nem toda dor crônica responde da mesma forma ao tratamento fisioterapêutico. Algumas são mais desafiadoras, exigindo uma abordagem ainda mais cuidadosa e individualizada. Entre essas, destacam-se as chamadas dores primárias, especialmente aquelas que envolvem mecanismos complexos do sistema nervoso.