Na rotina clínica da fisioterapia, algumas dores aparecem com mais frequência e exigem atenção constante. Entre elas, as dores musculoesqueléticas se destacam como as mais comuns — especialmente as que afetam a coluna cervical e a lombar.

Dores Musculoesqueléticas: Um Desafio Frequente

As dores musculoesqueléticas são aquelas que comprometem músculos, ossos e articulações, afetando diretamente o movimento do corpo. Elas estão entre as principais causas de busca por atendimento fisioterapêutico.

Dentre elas, merecem destaque:

• Cervicalgia (dor na região cervical, ou seja, pescoço)
• Lombalgia (dor na região lombar)
• Dores generalizadas, como ocorre na fibromialgia

Essas condições, além de comuns, costumam ser bastante limitantes para quem convive com elas diariamente.

Cervicalgia ou Lombalgia: Qual é Mais Difícil de Tratar?

Embora ambas sejam muito frequentes, a dor na região cervical costuma apresentar desafios adicionais no tratamento. A cervicalgia pode desencadear sintomas que vão além da dor local, como:

• Zumbidos
• Alterações na visão
• Incômodos auditivos

Esses sintomas associados tornam o quadro mais complexo e exigem uma abordagem mais ampla e integrada.

Além disso, a proximidade da região cervical com a cabeça e a face pode intensificar a percepção do incômodo. Isso faz com que muitos pacientes relatem sensação de maior desconforto e limitação funcional.

O Papel do Estilo de Vida na Dor Crônica

Um fator central para o surgimento e a manutenção dessas dores é o estilo de vida moderno, marcado pelo sedentarismo e pelo tempo excessivo em posições fixas — especialmente sentado.

Importante lembrar que não é o ato de sentar que prejudica, mas sim ficar muito tempo na mesma posição sem se mover. O corpo humano tem grande capacidade de adaptação, mas a imobilidade prolongada impõe um estresse excessivo às estruturas musculoesqueléticas.

Alternar posições ao longo do dia, levantar-se periodicamente e realizar pequenos movimentos são atitudes simples que ajudam na prevenção e no controle da dor crônica.

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Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e a Dra. Adriana Coltro, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.