Quantas sessões de acupuntura são necessárias para sentir melhora?

Muitos pacientes têm dúvida sobre o tempo de resposta ao tratamento com acupuntura. A verdade é que não existe um número fixo de sessões, pois a resposta depende de vários fatores: idade, vitalidade, tipo de dor, presença de doenças associadas e até mesmo os cuidados complementares do paciente.
Resposta rápida em alguns casos
Com a acupuntura neurofuncional, que atua diretamente no músculo afetado, muitos pacientes já percebem melhora já na primeira sessão. Isso acontece porque o estímulo no ponto certo gera uma resposta imediata no corpo.
Diferença entre faixas etárias
- Crianças pequenas: até os 5 anos, não é necessário manter a agulha por muito tempo. Muitas vezes, apenas uma breve pressão no ponto já é suficiente para estimular uma resposta.
- Adultos jovens: costumam responder muito bem, com resultados rápidos.
- Idosos: em geral, necessitam de mais sessões para notar efeitos significativos, pois o corpo responde de forma mais lenta.
Quantidade de sessões necessárias
Em dores como as de cotovelo ou cervicalgia (quando há componente neuropático), são necessárias de 8 a 10 sessões para alcançar um alívio consistente. O tempo de resposta também depende de cuidados complementares, como postura, calor local e fisioterapia.
Frequência ideal das sessões
Um erro comum é querer acelerar os resultados fazendo sessões diárias. Isso pode até ser prejudicial, pois o músculo precisa de tempo para responder ao estímulo.
A recomendação geral é:
- 1 vez por semana para dores leves a moderadas;
- 2 vezes por semana quando a dor é intensa.
Essa frequência deve ser sempre avaliada pelo especialista, de acordo com a evolução do paciente. A acupuntura segue um protocolo e tem sua “posologia”, assim como os medicamentos.
Tratamento integrado e personalizado
Cada paciente é único, e o protocolo de acupuntura deve ser definido após consulta e avaliação clínica. Além disso, a integração com outras áreas da saúde (como fisioterapia e clínica médica) potencializa os resultados.
Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e a Dra. Rosangela Biegler, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.