Acupuntura em dor crônica: quando os resultados são mais lentos?

30 de setembro de 2025
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Na prática clínica, a grande maioria dos pacientes com dor crônica apresenta alguma melhora com a acupuntura. Os estudos mostram que apenas cerca de 5% da população realmente não responde ao tratamento — e isso é um número pequeno quando pensamos no impacto positivo que pode ser alcançado nos demais 95%.

O tempo para avaliar a resposta

Em geral, recomenda-se esperar aproximadamente 10 sessões para avaliar de forma consistente a resposta do paciente. É claro que alguns apresentam melhora já nas primeiras aplicações — especialmente em dores miofasciais, onde a resposta tende a ser mais rápida —, mas em quadros mais complexos, como neuropáticos ou em pacientes em uso prolongado de corticoides, o progresso pode ser mais lento.

Quando a melhora não é apenas na dor

Um ponto importante é que nem sempre a primeira mudança percebida está relacionada diretamente à dor. Muitas vezes, o paciente relata que está dormindo melhor, que a digestão melhorou, ou que a ansiedade diminuiu. Até os familiares notam diferença: o paciente chega em casa mais calmo, de melhor humor, e isso repercute no dia a dia.

Mesmo quando a intensidade da dor não diminui de forma expressiva logo de início, esses ganhos já indicam que o tratamento está funcionando em um nível mais amplo, promovendo equilíbrio no organismo.

A visão global do tratamento

Por isso, a acupuntura não deve ser vista apenas como um recurso para “tirar a dor”, mas sim como uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida. Reduzir episódios de dor, diminuir a intensidade, melhorar o sono e trazer bem-estar emocional são resultados que, somados, fazem grande diferença.

Em resumo: mesmo quando a resposta direta à dor é mais lenta, o conjunto de benefícios que a acupuntura proporciona mostra o valor do tratamento no manejo da dor crônica.



Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o
Dr. João Rizzo e a Dra. Rosangela Biegler, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.

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O Projeto Educa Dor é uma ferramenta de informação em saúde, que busca levar de maneira clara, informações sobre os mais diversos conceitos envolvendo a dor crônica, seus tratamentos, métodos e diagnósticos.

Responsável técnico: Dr. João Marcos Rizzo - CREMERS 18903
Médico Anestesiologista com área de atuação em Dor - RQE 42946

Por Marcelo Cezar - Marketing Digital