Acupuntura e Dor Crônica: Em Quais Casos Ela é Mais Eficaz?

A dor crônica pode ter diferentes origens e se manifestar de formas variadas. De maneira geral, ela é classificada em três grandes grupos:
- Dor crônica neuropática
- Dor crônica somática ou miofascial
- Dor crônica visceral
Diante desse cenário, surge a dúvida: existe algum tipo de dor crônica em que a acupuntura apresenta melhores resultados?
Acupuntura e dor miofascial: resultados mais rápidos
Entre os diferentes tipos de dor crônica, a miofascial é a que responde mais rapidamente à acupuntura. Pacientes podem perceber uma melhora significativa já na primeira sessão, com alívio de até 50% a 60% da dor.
Esse efeito imediato costuma ser um grande motivador, pois o paciente vê, de forma clara, que o tratamento pode ajudar. No entanto, é importante compreender que o processo não é linear nem imediato.
Expectativas realistas sobre o tratamento
É comum que o paciente, ao sentir uma melhora de 50% a 60% na primeira sessão, espere que a dor desapareça completamente em uma próxima aplicação. Mas não é assim que funciona.
A evolução depende da continuidade do tratamento. Ao longo das sessões, a acupuntura pode proporcionar:
- Redução da intensidade da dor
- Menor frequência de episódios dolorosos
- Diminuição da dor noturna, permitindo melhor qualidade do sono
- Melhora progressiva no bem-estar geral
Ou seja, a melhora inicial é um passo importante, mas a continuidade das sessões é fundamental para alcançar resultados duradouros.
Acupuntura como parte de um tratamento contínuo
A acupuntura não é uma solução imediata, mas sim um processo terapêutico que ajuda o paciente a retomar qualidade de vida, principalmente em quadros de dor miofascial.
Ao entender que o alívio pode vir em etapas e que a constância é essencial, o paciente consegue aproveitar ao máximo os benefícios dessa prática, reduzindo o impacto da dor crônica no dia a dia.
Resumo: A acupuntura pode ser aplicada em diferentes tipos de dor crônica, mas a dor miofascial tende a apresentar a resposta mais rápida e eficaz. Ainda assim, o sucesso do tratamento depende da continuidade das sessões e da integração com outras abordagens médicas.
Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e a Dra. Rosangela Biegler, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.