O que é lombalgia e por que ela é tão comum?

18 de dezembro de 2025
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A dor lombar, popularmente conhecida como dor nas costas, é uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos. No entanto, existe uma linha tênue — e perigosa — entre aceitar que essa dor é comum e acreditar que ela é normal.

Na última conversa do Projeto Educa Dor, o Dr. João Rizzo e o Dr. Ericson Sfreddo discutiram a anatomia da coluna, as causas desse desconforto e, principalmente, a importância de não negligenciar os sintomas, independentemente da idade ou do estilo de vida.

O que é a lombalgia e por que ela acontece?

Para entender a dor, primeiro precisamos entender a função da coluna lombar. Esta região é o elo de conexão entre o tronco e os membros inferiores. Do ponto de vista biomecânico, é uma área crítica, pois é ali que se concentra grande parte da carga e do peso do corpo.

Justamente por ser o centro de suporte de carga, qualquer alteração nas “peças” que compõem essa engrenagem — sejam elas músculos, articulações, discos ou ligamentos — pode gerar dor. A sobrecarga contínua e o desgaste natural tornam a região suscetível, explicando por que a lombalgia é tão prevalente na população.

Comum não é sinônimo de Normal

Um dos pontos mais importantes destacados pelo Dr. Ericson Sfreddo é a desmistificação de que conviver com a dor faz parte da vida.

“Não é normal sentir dor lombar. Não é só porque ela é comum, que ela é normal e não há motivo para o paciente normalizar isso.”

Muitos pacientes caem na armadilha de justificar o sofrimento crônico com frases como:

  • “É por causa da minha idade avançada.”
  • “É porque sou sedentário.”
  • “É assim mesmo, não tem jeito.”

Esse pensamento pode atrasar o diagnóstico e impedir o acesso a tratamentos eficazes. Embora o envelhecimento e o sedentarismo sejam fatores de risco, eles não sentenciam ninguém a viver com dor.

A importância da avaliação médica

A mensagem central é de esperança e proatividade. Existem diversas abordagens terapêuticas e mudanças de hábitos que podem ser implementadas após uma avaliação médica correta.

O objetivo do tratamento não é apenas “tirar a dor” momentaneamente, mas sim:

  1. Identificar a origem do problema (músculo, articulação, nervo, etc.);
  2. Propor intervenções que tornem a vida do paciente mais amena;
  3. Devolver o conforto e a funcionalidade no dia a dia.

Conclusão

Se você sofre com dores nas costas, não aceite isso como uma condição imutável. A dor é um sinal de alerta do corpo avisando que algo na estrutura lombar precisa de atenção. Buscar ajuda especializada é o primeiro passo para garantir um futuro com mais mobilidade e menos limitações.

Este texto foi produzido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e o Dr. Ericson Sfreddo. O episódio completo está disponível em nosso canal no YouTube e também em formato de áudio nas principais plataformas de streaming.

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O Projeto Educa Dor é uma ferramenta de informação em saúde, que busca levar de maneira clara, informações sobre os mais diversos conceitos envolvendo a dor crônica, seus tratamentos, métodos e diagnósticos.

Responsável técnico: Dr. João Marcos Rizzo - CREMERS 18903
Médico Anestesiologista com área de atuação em Dor - RQE 42946

Por Marcelo Cezar - Marketing Digital