O que é lombalgia e por que ela é tão comum?

A dor lombar, popularmente conhecida como dor nas costas, é uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos. No entanto, existe uma linha tênue — e perigosa — entre aceitar que essa dor é comum e acreditar que ela é normal.
Na última conversa do Projeto Educa Dor, o Dr. João Rizzo e o Dr. Ericson Sfreddo discutiram a anatomia da coluna, as causas desse desconforto e, principalmente, a importância de não negligenciar os sintomas, independentemente da idade ou do estilo de vida.
O que é a lombalgia e por que ela acontece?
Para entender a dor, primeiro precisamos entender a função da coluna lombar. Esta região é o elo de conexão entre o tronco e os membros inferiores. Do ponto de vista biomecânico, é uma área crítica, pois é ali que se concentra grande parte da carga e do peso do corpo.
Justamente por ser o centro de suporte de carga, qualquer alteração nas “peças” que compõem essa engrenagem — sejam elas músculos, articulações, discos ou ligamentos — pode gerar dor. A sobrecarga contínua e o desgaste natural tornam a região suscetível, explicando por que a lombalgia é tão prevalente na população.
Comum não é sinônimo de Normal
Um dos pontos mais importantes destacados pelo Dr. Ericson Sfreddo é a desmistificação de que conviver com a dor faz parte da vida.
“Não é normal sentir dor lombar. Não é só porque ela é comum, que ela é normal e não há motivo para o paciente normalizar isso.”
Muitos pacientes caem na armadilha de justificar o sofrimento crônico com frases como:
- “É por causa da minha idade avançada.”
- “É porque sou sedentário.”
- “É assim mesmo, não tem jeito.”
Esse pensamento pode atrasar o diagnóstico e impedir o acesso a tratamentos eficazes. Embora o envelhecimento e o sedentarismo sejam fatores de risco, eles não sentenciam ninguém a viver com dor.
A importância da avaliação médica
A mensagem central é de esperança e proatividade. Existem diversas abordagens terapêuticas e mudanças de hábitos que podem ser implementadas após uma avaliação médica correta.
O objetivo do tratamento não é apenas “tirar a dor” momentaneamente, mas sim:
- Identificar a origem do problema (músculo, articulação, nervo, etc.);
- Propor intervenções que tornem a vida do paciente mais amena;
- Devolver o conforto e a funcionalidade no dia a dia.
Conclusão
Se você sofre com dores nas costas, não aceite isso como uma condição imutável. A dor é um sinal de alerta do corpo avisando que algo na estrutura lombar precisa de atenção. Buscar ajuda especializada é o primeiro passo para garantir um futuro com mais mobilidade e menos limitações.
Este texto foi produzido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e o Dr. Ericson Sfreddo. O episódio completo está disponível em nosso canal no YouTube e também em formato de áudio nas principais plataformas de streaming.



