Uma mensagem para quem convive com dor crônica

9 de dezembro de 2025
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Muitas pessoas que chegam ao consultório para tratar  dor crônica vêm com sentimentos mistos — algumas desiludidas, desacreditadas, outras com expectativas irreais sobre o que o tratamento pode oferecer.

 Segundo o Dr. Marcos Bicca da Silveira, compreender o que é a dor crônica e o papel dos procedimentos minimamente invasivos é o primeiro passo para recuperar a qualidade de vida.

Dor crônica: quando o sintoma se torna uma doença

O Dr. Marcos explica que a dor crônica é aquela que persiste por mais de três meses.
Enquanto a dor aguda é um sinal de alerta do corpo, a dor crônica se transforma em uma condição complexa, que envolve alterações no sistema nervoso central e periférico — um fenômeno conhecido como neuroplasticidade.

“A partir de determinado momento, a dor crônica passa a ser uma doença. Ela envolve a inervação periférica, o sistema nervoso autônomo e a medula. Por isso, precisa ser tratada de forma ampla e contínua.”

Essa compreensão muda completamente a forma de abordar o problema: não se trata apenas de eliminar o sintoma, mas de tratar a causa, modular os mecanismos da dor e devolver o bem-estar ao paciente.

A importância de buscar um centro especializado em dor

O tratamento da dor crônica deve ser conduzido por profissionais com formação específica na área, geralmente vindos da anestesiologia, neurocirurgia, fisiatria e outras especialidades correlatas.
Esses profissionais passam por treinamentos e residências específicas em medicina da dor, o que garante a segurança e a precisão dos procedimentos minimamente invasivos.

“É fundamental procurar um consultório de dor ou ser encaminhado por outro profissional de saúde. Esses casos exigem uma abordagem cuidadosa e direcionada.”

Um tratamento verdadeiramente multidisciplinar

De acordo com o Dr. Marcos, o sucesso no controle da dor depende de uma abordagem multidisciplinar, que envolve não apenas o especialista em dor, mas também clínicos, reumatologistas, neurologistas, psiquiatras, psicólogos e terapeutas.

Cada profissional tem um papel essencial no processo de reabilitação — seja ajustando medicamentos, trabalhando o componente emocional ou atuando na parte física e funcional.

“Nada disso está errado. A dor crônica, assim como a dor oncológica, exige suporte. Isso não é uma fraqueza, é parte do tratamento. Encaminhar o paciente para diferentes avaliações é sinal de cuidado e de responsabilidade.”

Reaprender a viver sem dor

Para o Dr. Marcos, superar a dor crônica é um processo de acolhimento, paciência e reconstrução.  Os tratamentos minimamente invasivos podem ser ferramentas poderosas — mas é o trabalho conjunto entre médico e paciente que torna os resultados duradouros.

“É viável controlar e até reduzir intensamente a dor. O importante é procurar ajuda no lugar certo e entender que o tratamento é um caminho, não um milagre.”



Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e o Dr. Marcos Bicca da Silveira, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.

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O Projeto Educa Dor é uma ferramenta de informação em saúde, que busca levar de maneira clara, informações sobre os mais diversos conceitos envolvendo a dor crônica, seus tratamentos, métodos e diagnósticos.

Responsável técnico: Dr. João Marcos Rizzo - CREMERS 18903
Médico Anestesiologista com área de atuação em Dor - RQE 42946

Por Marcelo Cezar - Marketing Digital