Como é feito o diagnóstico da Síndrome Dolorosa Regional Complexa (SDRC)?

A Síndrome Dolorosa Regional Complexa (SDRC) é uma condição crônica, neuropática e autonômica que geralmente afeta os membros superiores ou inferiores, aparecendo após um trauma, como uma fratura, uma batida ou até mesmo uma cirurgia. Embora a SDRC possa surgir após cirurgias ortopédicas, mesmo quando realizadas de maneira adequada, seu diagnóstico pode ser desafiador. Neste post, vamos entender como é feito o diagnóstico dessa síndrome dolorosa.
O que é a SDRC?
A SDRC, anteriormente chamada de distrofia simpática reflexa (no tipo 1) ou causalgia (no tipo 2), é uma condição caracterizada por dor desproporcional em relação à lesão inicial. Ela pode ocorrer após cirurgias, como fraturas de membros ou até lesões mais simples. O principal sinal da síndrome é uma dor intensa e persistente que não se alinha com a gravidade do trauma, algo que surpreende tanto o paciente quanto o médico.
Como identificar a SDRC?
O primeiro sinal da SDRC frequentemente é uma dor que não é compatível com a lesão inicial. Por exemplo, após uma cirurgia ou fratura de braço, a dor começa a piorar, apesar de o quadro radiológico ser normal e a fratura já estar completamente consolidada. Além disso, podem aparecer sinais como:
- Alterações na coloração do membro: O membro afetado pode se tornar pálido ou, em alguns casos, apresentar uma coloração roxa ou avermelhada.
- Inchaço desproporcional: O membro afetado pode inchar de forma excessiva em relação à lesão.
- Diferença de temperatura: Uma das formas mais confiáveis de diagnosticar a SDRC é a medição da temperatura do membro afetado e compará-la com o membro saudável. Se houver uma diferença de pelo menos 1,2 graus Celsius, isso pode ser um indicativo da presença da síndrome.
Como o médico diagnostica a SDRC?
Embora o diagnóstico da SDRC seja clínico, alguns exames podem ajudar a confirmar a presença da síndrome e a identificar o tipo específico de lesão:
- Eletroneuromiografia: Esse exame pode ser útil para diferenciar entre os tipos de SDRC. O tipo 1, também conhecido como distrofia simpática reflexa, não mostra lesões de nervo, enquanto o tipo 2, denominado causalgia, apresenta danos nervosos evidentes na eletroneuromiografia.
- Cintilografia óssea: Com a progressão da síndrome, pode ocorrer uma hipercaptação nos ossos afetados, além de osteoporose devido ao dano neuronal. A cintilografia óssea pode ajudar a observar essas mudanças.
Apesar dos exames, o diagnóstico da SDRC é, na maioria das vezes, baseado nos sintomas clínicos do paciente e nas observações detalhadas feitas pelo médico.
Tratamento da SDRC
O tratamento da SDRC envolve uma abordagem multidisciplinar. O principal foco é o alívio da dor, mas o aspecto mais importante do tratamento é a fisioterapia. A fisioterapia bem realizada, com um profissional que compreenda as particularidades dessa síndrome, é essencial para o processo de recuperação.
Além da fisioterapia, o tratamento medicamentoso pode incluir neuromoduladores, como a pregabalina ou a gabapentina, para controlar a dor. No entanto, a fisioterapia continua sendo o cerne do tratamento.
Conclusão
Embora o diagnóstico da SDRC possa ser complicado, a combinação dos sinais clínicos com alguns exames complementares permite aos médicos fazer uma avaliação precisa. O tratamento adequado, com ênfase na fisioterapia e no controle da dor, é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Se você está lidando com dores crônicas que não parecem se alinhar com a gravidade da lesão, é importante procurar um especialista para avaliação. Para mais informações sobre a SDRC e outras condições relacionadas à dor, acesse nosso blog e continue acompanhando nossos conteúdos.