A maioria dos casos de gastroenterite infecciosa aguda é viral, sendo o norovírus a causa mais comum, seguido pelo rotavírus, adenovírus entérico e astrovírus. Bactérias como Staphylococcus aureus, Campylobacter jejuni, Shigella spp, Salmonella spp, Yersinia e Escherichia coli, além de parasitas como Giardia e Cryptosporidium, também podem causar gastroenterite.

Manifestações Clínicas: Os sintomas comuns incluem dor abdominal difusa leve, febre (em cerca de metade dos casos) e, em casos raros, sinais de desidratação moderada a grave, como membranas mucosas secas, diminuição da elasticidade da pele, taquicardia, hipotensão ou alteração do estado mental.

Sintomas e Sinais de Alarme: Pacientes com sintomas de alarme, como desidratação grave, sangue nas fezes, perda de peso, dor abdominal intensa, sintomas prolongados, idade avançada, comorbidades ou gravidez, podem necessitar de hospitalização ou avaliação adicional.

Tratamento: Geralmente, a gastroenterite viral aguda é autolimitada e tratada com medidas de suporte, como reposição de líquidos e nutrição adequada. Não há medicamentos antivirais específicos disponíveis. Em casos leves a moderados, soluções de reidratação oral são preferíveis a bebidas esportivas para manter o equilíbrio eletrolítico. Antieméticos e agentes antidiarreicos podem ser usados em casos de vômitos excessivos ou perda de líquidos por diarreia.

Medidas de Suporte: O tratamento consiste principalmente em manter e repor os líquidos. Soluções de reidratação oral são preferíveis em casos leves a moderados, enquanto a reposição intravenosa é necessária para casos graves.

Quando Hospitalizar: A maioria dos pacientes pode ser tratada em ambulatório, mas a hospitalização pode ser necessária em casos de desidratação grave, vômitos persistentes, desequilíbrio eletrolítico, sangue nas fezes, dor abdominal intensa ou em pacientes com fatores de risco para complicações (imunocomprometidos, doenças clínicas graves, gestantes)