Duração da bateria nos dispositivos de neuroestimulação

27 de novembro de 2025
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A durabilidade da bateria de um neuroestimulador pode variar bastante — e, segundo o Dr. Marcos Bicca da Silveira, isso depende principalmente do tipo de aparelho implantado e da forma como ele é utilizado pelo paciente.

Recarregáveis e de longa duração

Atualmente, a maioria dos dispositivos utilizados são recarregáveis, com uma previsão média de oito a dez anos de funcionamento. Esses aparelhos permitem que o próprio paciente controle a intensidade do estímulo — podendo aumentar, reduzir ou até pausar o funcionamento conforme sua necessidade.

Esse ajuste personalizado influencia diretamente o consumo de energia. Por exemplo: se o paciente utiliza uma voltagem baixa, o aparelho pode manter a carga por até cinco dias antes de precisar ser recarregado. Já em casos que exigem intensidade maior de estimulação, a recarga pode ser necessária com mais frequência.

Dispositivos não recarregáveis

Existem também os modelos não recarregáveis, que funcionam por um tempo determinado e, ao final desse período, precisam ter a bateria substituída.

Mesmo nesses casos, a duração é bastante satisfatória: o Dr. Marcos relata ter acompanhado pacientes com implantes que chegaram próximos de dez anos de uso antes da troca — um tempo considerável, considerando o desgaste natural e o consumo energético do sistema.

O que influencia a durabilidade

Além do tipo de aparelho, a área de atuação do estímulo também interfere na duração da bateria. Estimular uma região maior da medula requer mais energia elétrica, o que acelera o consumo.

Fatores como frequência de uso, intensidade necessária para o controle da dor e configurações individuais de cada paciente são determinantes para definir quando será necessária a recarga ou substituição.

Procedimento simples de recarga ou troca

Quando chega o momento da substituição, o processo é rápido e seguro — em média, leva cerca de 20 minutos. Nos modelos recarregáveis, o paciente realiza o processo em casa, utilizando um carregador específico que restabelece a carga do dispositivo de forma prática e indolor.

Conforto e autonomia no tratamento da dor

Graças aos avanços tecnológicos, os novos geradores são menores, mais eficientes e inteligentes, proporcionando mais autonomia e conforto aos pacientes que convivem com dor crônica. A possibilidade de ajustar o estímulo e manter a carga por longos períodos faz da neuroestimulação uma alternativa eficaz, duradoura e adaptável à rotina de cada pessoa.



Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e o Dr. Marcos Bicca da Silveira, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.

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O Projeto Educa Dor é uma ferramenta de informação em saúde, que busca levar de maneira clara, informações sobre os mais diversos conceitos envolvendo a dor crônica, seus tratamentos, métodos e diagnósticos.

Responsável técnico: Dr. João Marcos Rizzo - CREMERS 18903
Médico Anestesiologista com área de atuação em Dor - RQE 42946

Por Marcelo Cezar - Marketing Digital