Nos últimos anos, terapias como ondas de choque e PRP (plasma rico em plaquetas) ganharam destaque no tratamento de lesões musculoesqueléticas, especialmente em casos que envolvem ombro, joelho e quadril. Mas será que essas abordagens realmente funcionam para tendinites, tendinoses e entesopatias?

Como funcionam essas terapias?

• Terapia por Ondas de Choque: consiste na aplicação de ondas acústicas de alta energia para estimular a regeneração tecidual e reduzir a dor.
• PRP (Plasma Rico em Plaquetas): utiliza plaquetas do próprio paciente para promover a reparação do tecido, com a ideia de acelerar a cicatrização e regeneração do tendão.
  

O racional por trás dessas técnicas é promover um estímulo biológico para a regeneração do tendão, principalmente em casos crônicos ou resistentes a tratamentos convencionais.

O que dizem os estudos?

Apesar da popularidade, os resultados científicos ainda são inconsistentes. Há pesquisas que indicam benefícios, enquanto outras não conseguiram demonstrar vantagens significativas em relação às terapias tradicionais.

Por isso:

• Não são consideradas primeira escolha no tratamento dessas condições.
• Não fazem parte de protocolos padronizados, mas podem ser indicadas em casos específicos.

Quando essas terapias podem ser indicadas?

Essas abordagens costumam ser reservadas para:

• Casos crônicos e de difícil resposta aos tratamentos convencionais (repouso, fisioterapia, infiltrações).
• Situações de recorrência da lesão, em que outros recursos já foram utilizados sem sucesso.

Conclusão

Ondas de choque e PRP não são soluções milagrosas, mas podem ter papel complementar em determinados cenários. A escolha deve ser individualizada e baseada na avaliação médica, considerando os riscos, benefícios e expectativas do paciente.

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Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e a Dra. Eleonora Estrela da Silva, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.