Tendinopatias do cotovelo

26 de fevereiro de 2025
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Os tendões são tecidos fibrosos que prendem os músculos aos ossos. Atividades de esforço repetitivo e trauma podem causar lesões nos tendões, ocasionando dor, inflamação e limitação funcional. Essas lesões são chamadas de tendinites ou tenossinovites.

Além disso, o processo degenerativo decorrente da idade pode causar microrrupturas e microlesões nos tendões, conhecidas como tendinoses. Os tendões também podem ser acometidos, embora menos frequentemente, por outras condições, como doenças inflamatórias sistêmicas.

As tendinopatias são as patologias mais frequentes da articulação do cotovelo. A epicondilite lateral (ou cotovelo do tenista) é o acometimento dos músculos extensores do punho em sua inserção no cotovelo, enquanto a epicondilite medial (ou cotovelo do golfista) é a inflamação dos músculos flexores do punho em sua inserção na região medial do cotovelo. No entanto, esses processos inflamatórios podem ser causados por esforço repetitivo ou microlesões de natureza não relacionada ao esporte.

Os principais sintomas dessas condições são dor localizada no cotovelo, geralmente no braço dominante, que pode se irradiar para o antebraço ou para a parte superior do braço, sendo acompanhada de fraqueza. Os sintomas podem ser súbitos ou evoluir progressivamente.

O diagnóstico é feito através do exame clínico, e exames de imagem, como a ultrassonografia, podem complementar a avaliação.

O tratamento é direcionado ao controle da dor na fase aguda (analgesia, infiltração local, uso de órtese) e, principalmente, à reabilitação, visando o fortalecimento muscular e do tendão. A maioria dos pacientes responde bem ao tratamento, embora possa apresentar dor residual por até 6 a 12 semanas.

A prevenção desse tipo de lesão envolve o fortalecimento da musculatura do ombro, do punho e da musculatura da cintura escapular, a fim de diminuir a sobrecarga dos músculos do antebraço.

Algumas dicas de prevenção:

  • Fazer intervalos frequentes ao realizar atividades que envolvam esforço repetitivo das mãos e punhos;
  • Evitar elevar objetos com o braço em extensão;
  • Diminuir os movimentos de preensão do punho e tentar reduzir a tensão da preensão;
  • Evitar movimentos com o braço em extensão completa;
  • Tentar aumentar a empunhadura e o amortecimento de objetos e ferramentas, como martelos, por exemplo;
  • Tentar sempre usar as duas mãos ao elevar objetos pesados.

Texto por: Eleonora Silva
Foto: Freepik

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