Quais são os sinais e sintomas de tendinite, tendinose e entesopatias?

As doenças que afetam os tendões — como tendinite, tendinose e entesopatias — são condições que podem causar dor e impactar significativamente a funcionalidade. Mas como reconhecer cada uma delas? Quais sinais e sintomas são mais característicos de cada quadro?
Sintoma mais comum: dor localizada
O sintoma predominante nessas condições é a dor local, geralmente relacionada ao movimento que envolve o tendão afetado. Essa dor costuma ser desencadeada pela atividade desempenhada pelo grupo muscular correspondente.
Outros sinais importantes
Além da dor, alguns sinais e sintomas ajudam a caracterizar o quadro clínico:
- Limitação de movimento
A dor leva à restrição da amplitude dos movimentos, já que cada tentativa de uso do tendão causa desconforto. - Rigidez ao iniciar movimentos
É um achado comum, principalmente nas fases iniciais da tendinite, quando a pessoa sente dificuldade ao sair do repouso para a movimentação. - Edema e rubor (vermelhidão)
Estão presentes nas fases mais agudas, sugerindo inflamação ativa, como na tendinite.
→ Na tendinose, que é crônica, não há edema. A dor é menos intensa, mas persistente, geralmente associada a movimentos repetitivos.
E quanto às entesopatias?
As entesopatias (ou entesites) apresentam uma característica importante: a dor na inserção do tendão no osso. Essa localização mais pontual é um achado clínico fundamental.
Exemplos:
- Inserção do tendão de Aquiles no calcâneo;
- Inserção do tendão patelar no joelho;
- Inserções na região do quadril.
No exame físico, é possível identificar essa dor bem localizada, conhecida como ponto gatilho (trigger point).
Diferenças práticas entre as condições
- Tendinite: inflamação aguda, com dor, rigidez, rubor e edema.
- Tendinose: quadro crônico, com dor persistente, sem sinais inflamatórios evidentes.
- Entesopatia: dor localizada no ponto de inserção do tendão no osso.
Conclusão
Saber identificar os sinais e sintomas dessas condições é fundamental para buscar diagnóstico precoce e tratamento adequado, evitando a cronificação do quadro e preservando a função articular.
Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e a Dra. Eleonora Estrela da Silva, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.