É sempre necessário fazer exames para diagnosticar tendinite, tendinose e entesopatias?

19 de agosto de 2025
E-sempre-necessario-fazer-exames-para-diagnosticar-tendinite-tendinose-e-entesopatias-1200x796.jpg

Quando surgem sintomas como dor, limitação de movimento e rigidez, é comum surgir a dúvida: será que preciso fazer exames como ultrassom ou ressonância magnética para confirmar o diagnóstico? A resposta é: nem sempre. Vamos entender por quê.

Diagnóstico clínico: a ferramenta mais importante

O diagnóstico de tendinite, tendinose ou entesopatia é feito, principalmente, através de:

  • História clínica detalhada
  • Exame físico criterioso

Essas duas etapas são as mais relevantes para identificar o problema, avaliar a localização da dor e definir a conduta inicial.

Quando os exames de imagem são indicados?

Embora não sejam indispensáveis para o diagnóstico, os exames complementares têm um papel importante em algumas situações, como:

  • Avaliar a extensão da lesão do tendão
  • Identificar rupturas ou alterações estruturais
  • Diferenciar de outras condições com sintomas semelhantes
  • Acompanhar a evolução do tratamento, especialmente em casos crônicos

Os exames também ajudam a esclarecer o grau de comprometimento quando há suspeita de degeneração tendínea ou entesopatia associada a doenças sistêmicas.

Exames mais utilizados e o padrão ouro

Entre os exames de imagem, os principais são:

  • Ultrassonografia (ecografia): considerada o exame de eleição para tendinopatias, pois permite avaliação dinâmica e detalhada do padrão do tendão. No entanto, é um exame dependente da experiência do profissional que realiza.
  • Ressonância magnética: pode ser utilizada para diagnósticos diferenciais ou quando há necessidade de avaliar estruturas mais profundas.

Limitações e expectativas no tratamento

É importante destacar que exames nem sempre mostram mudanças significativas a curto prazo, especialmente em quadros crônicos, onde já existe degeneração do tendão. Por isso, alinhar as expectativas com o paciente é fundamental, explicando que:

  • O tratamento é lento e progressivo
  • Existe alta chance de recorrência se não houver correção de hábitos, posturas e fatores de risco
  • A melhora clínica pode levar tempo, mesmo quando o exame não mostra grandes alterações

Conclusão

O exame físico e a anamnese são as principais ferramentas diagnósticas para tendinite, tendinose e entesopatias. Exames de imagem, como a ultrassonografia, são úteis para avaliação detalhada, diagnóstico diferencial e acompanhamento, mas não substituem a avaliação clínica.



Esse texto foi desenvolvido com base na conversa entre o Dr. João Rizzo e a Dra. Eleonora Estrela da Silva, disponível na íntegra no YouTube do Projeto Educa Dor, além das plataformas de streaming em formato podcast de áudio.

Projeto Educador Logo Pequeno

O Projeto Educa Dor é uma ferramenta de informação em saúde, que busca levar de maneira clara, informações sobre os mais diversos conceitos envolvendo a dor crônica, seus tratamentos, métodos e diagnósticos.

Responsável técnico: Dr. João Marcos Rizzo - CREMERS 18903
Médico Anestesiologista com área de atuação em Dor - RQE 42946

Por Marcelo Cezar - Marketing Digital