Sou médico, formado em 1982 pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA).
Nos anos de 1983 e 1984, fiz Residência Médica em Anestesiologia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Além de seguir como contratado do Hospital de Clínicas após a Residência, foi no Hospital Santa Rita da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, que é voltado ao tratamento do câncer, que tive a necessidade de aperfeiçoar meus conhecimentos em tratamento da dor, tanto aguda como crônica.
Fiz especialização em Tratamento da Dor e Cuidados Paliativos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com a Dra. Miriam Martelete em 1986. Segui trabalhando em consultório próprio e hospitais, atendendo Dor Crônica e Oncológica.
Posteriormente, fiz Especialização em Cuidados Paliativos Oncológicos pelo Instituto Catalão de Oncologia de Barcelona e no Hospital de La Santa Creu de Vic, Espanha, com o Dr. Xavier Gómez i Batiste-Alentorn (1999). Ao retornar, fundei com colegas, a UNITÀ – Clínica de Dor e Suporte Oncológico, onde segui o trabalho em tratamento da dor e cuidados paliativos.
No ano de 2005 fomos convidados pela diretoria médica do Hospital Moinhos de Vento a dar sequência ao nosso trabalho no Hospital, iniciando a Clínica de Dor do Hospital Moinhos de Vento, onde trabalhamos até hoje.
Durante o período ligado ao Hospital Moinhos de Vento (HMV) tive a oportunidade de enfrentar novos desafios na área de Dor, tendo realizado treinamentos para tratamento invasivo da dor neuropática, oncológica e crônica.
Quando falamos em dor crônica — seja ela de origem oncológica ou não oncológica —, os tratamentos minimamente invasivos podem desempenhar um papel importante no controle e alívio dos sintomas. A escolha da técnica depende sempre da causa da dor, da resposta ao tratamento clínico prévio e das características individuais de cada paciente.
Os procedimentos minimamente invasivos representam um avanço significativo no tratamento da dor crônica. No entanto, é importante reforçar que eles não são uma solução universal — nem todos os pacientes se beneficiam dessas técnicas, e a indicação deve sempre ser feita por um especialista.
O tratamento da dor crônica evoluiu muito nos últimos anos, e os procedimentos minimamente invasivos tornaram-se uma alternativa importante para pacientes que não respondem bem a medicamentos ou terapias convencionais. Mas afinal, o que significa um tratamento minimamente invasivo e quando ele deve ser considerado?